sábado, 3 de julho de 2010

O elefante, a formiga, o Afeganistão e as metáforas que não consigo produzir

Se tem um tipo de gente nessa vida que merece o meu respeito, é quem consegue formular metáforas que suscitam a nossa curiosidade, mas pouco nos dizem. Acredito que esse dom seja para pessoas iluminadas, e ainda não consegui atingir esse nível de encantamento.

Fico intrigado com quem escreve, num mesmo texto, sobre o equilibrio desenvolvido de elefantes que habitam uma nação pouco conhecida da África e o avanço no consumo de livros de física quântica entre os estudantes do curso de Terapia Ocupacional. Eu não conseguiria, e admito a minha total incapacidade.

Talvez me falte mais cultura geral para atingir esse nível de produção em estado metafórico. Talvez seja pelo fato de nunca ter ido à Índia ou não ter visitado uma antiga república Soviética. Talvez tenha convivido pouco com um grupo Hare Krishna. Acredito, ainda, que pode ser pelo fato de ter assistido a poucos filmes iranianos ou não ter me envolvido como devia com a única música de origem afegã que ouvi.

Talvez possam ser outras coisas. Por isso, vou buscar ver agora os verdes campos do pampa gaúcho se cruzando com o azul do mar de Niterói. Tem gente que diz está vendo. Eu não vejo nada. Talvez esteja cego para isso e para tudo o que  às pessoas conseguem ver, menos eu.

2 comentários:

  1. Acabou de construir tudo que você supostamente não conseguia.

    Pode continuar escrevendo.

    Tô super adorando!!!

    :)

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  2. O importante nessa vida, mas do que ver o que queremos, é levar os outros a ver o que desejam!
    beijo

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