sexta-feira, 2 de julho de 2010

Nossos ídolos não são os mesmos e as aparências enganam

Aos poucos tenho me convencido que sou um descrente. Confesso, mesmo, que diante de tanta coisa que desafia a minha pouca inteligência, a descrença é o melhor dos artifícios. É como sobreviver na selva com apenas uma garrafa de água para passar quinze dias. Não posso me deixar corromper com brutalidades nos mais diferentes campos, e que parecem olhar pra mim e dizer: seu idiota, nós estamos aqui e você vai ter que nos engolir.

Eu não posso acreditar, por exemplo, que a Britney Spears é considerada cantora. Isso fere profundamente o meu código de ética, que classifica cantoras como aquelas mulheres de vozes potentes e produtoras em série de músicas ideais para ouvir entre uma cerveja e um petisco, vide Ana Carolina, Maria Gadú e Angela Roro, e que no campo dos relacionamentos transitam pelo universo do masculino e do feminino, com a mesma desenvoltura que pinguim caminha sobre o gelo.

Não posso, também, acreditar em horóscopo. Me recuso terminantemente em acreditar que hoje, por exemplo, o número da sorte é 17 e a minha cor é azul royal. Isso me soa como previsão de cartomantes do centro do Rio de Janeiro, que dizem nada com coisa nenhuma a partir do que você quer ouvir. Não acreditaria em horóscopo, mesmo lendo, nem que os astrológos me explicassem o seu complicadissimo e super fundamentado teoricamente método de trabalho.

Outra coisa que não consigo acreditar, é que cerveja preta é coisa boa. Comigo não rola. Cerveja tem que ser cerveja, loirinha, gelada e com uma fina camada de véu. Cerveja preta não é cerveja. E sobre isso eu não discuto, costumo chamar o garçon e pedir a conta.

P.S Em momentos onde só o álcool responde, o blogueiro já dançou ao som de Britney Spears e tomou cerveja preta, mesmo sem aprovar nem a música da Britney Spears e nem a cerveja preta. Como humano que é, ele corriqueiramente dá uma lida no horóscopo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário