sexta-feira, 2 de julho de 2010

Da arte de perder um feriado

Nessa vida, admito perder muita coisa. Já perdi livros e não chorei. Cds, discos, óculos, e me recuperei bem. Mas, para um bom brasileiro, perder um feriado é como perder alguém da família. É no nosso calendário com mais de um feriado em todos os meses do ano, que nós mostramos o quanto somos orgulhosos de termos nascido nessa terra abençoada por Deus e bonita por natureza.

Nós gostamos em ritmo alucinante de dias de ócio, regados a cerveja, churrascos e idas à praia. Não deveriamos nos aposentar por tempo de trabalho, poderiamos tranquilamente pedir aposentadoria por tempo de uso de havaianas, assim como já defendeu o Zé Simão.

O Brasil perdeu. Continua sendo penta e vai esperar mais quatro anos para virar hexa. Talvez essa não fosse mesmo a copa ideal para o Brasil ser campeão. Com o Galvão Bueno rouco, o grito de hexa não ficaria muito bem.

Terça-feira será um dia normal de trabalho. Os bares estarão mais vazios, as ruas menos verdeamarelas e o barulho das vuvuzelas cessarão a partir de hoje, para nunca mais voltar.

Isso foi uma puta sacanagem que a seleção fez conosco. Não precisava ser campeã, mas bem que poderia chegar até à final. A vida estava tão boa com as semanas mais curtas...

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