domingo, 4 de julho de 2010

Não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar

Nesse 35 anos de vida, a ansiedade tem sido uma marca constante da minha personalidade. Na ânsia de chegar mais rápido, sempre criei atalhos. Esqueci de curti a beleza da paisagen e me fixei apenas no ponto onde devia chegar, de preferência antes da hora marcada com o destino.

Parece que não tinha tempo de esperar a água secar na areia da praia para poder escrever meu nome. Agora que conheci os versos da música Timoneiro, de Paulinho da Viola, tenho repensando se vale apena lutar contra o tempo do tempo, quando essa será uma batalha onde o tempo sempre será o vencedor.

Não queria mais me navegar, mas deixar que o mar me navegasse. Mas ainda não sei como funciona o tempo da mudança. Na verdade, eu não sei como funciona o tempo, esse meu adversário constante em maratonas de longa e curta distância, contra o qual eu ainda não sei se coleciono mais vitórias ou derrotas.

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