sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sem pausa...

Poucas pessoas admitem os problemas que tem com a língua portuguesa. A falta de traquejo é colocada pra debaixo do tapete por pura arrogância ignorante ou por achar que o problema de falar “probrema” é meu e ninguém tasca. Desde que me entendo por gente, e isso faz muito tempo, tenho uma relação conflituosa com as vírgulas. Não que as ache desinteressantes ou esteticamente incompatíveis com o meu padrão de beleza para sinais ortográficos. Prefiro, claro, o equilíbrio do trema e do dois pontos, mas as paixões ficarão para um outro post.
Meu problema com as vírgulas nascem na hora de colocá-las. Respirar, pausar e atirar uma vírgula quando ela pede ou quando o texto ou quando tudo pede e eu não consigo ver, ainda me é uma tarefa difícil.
Acho engraçado quando uma pessoa diz que No meu texto está faltando vírgula. Próxima vez vou responder que o Saramago não usava ponto e bombava na lista dos mais vendidos. Mas o Saramago é o Saramago, e isso não pede vírgula, mas ponto.
As vírgulas são usadas corriqueiramente e ai fica mais fácil de errar. Um deslize aqui, outro deslize ali, e muitos casamentos acabam. Assim é também com as vírgulas. Falta uma vírgula aqui, outra vírgula ali, e pronto, não tem regra da ABNT que salve a sua tese de doutorado, dissertação de mestrado ou até um textinho pro blog.

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