terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pagando uma dívida com São Luis do Maranhão


De todas as capitais do Nordeste, até a última quinta-feira eu conhecia sete. Já tinha me encantado com as belezas de Recife, me deixado seduzir pelos encantos de Maceió, vivido  inesquecíveis dias de férias em Fortaleza e me deixado levar pela vida calma de Aracajú. Também já morei em Natal e João Pessoa. Depois de um périplo regado a muito sol e praias pelas capitais nordestinas, ainda não tinha visitado Teresina e São Luis e tinha que saldar essa dívida.

A capital do Piauí não possui praia, o que nunca me insitigou a visitá-la. Talvez tenha que encontrar um congresso para conhecer o estado. São Luis me parecia distante, meioNortemeioNordeste, mas despertava e muito minha curiosidade. E foi munido de pouco dinheiro e muita curiosidade que rumei para a capital dos maranhenses.

Sinto que demorei muito para conhecer o Centro Histórico da cidade. As fachadas revestidas por azulejos portugueses são encantadoras. As ruas apertadas e cheias de turistas estrangeiros munidos de máquina fotográfica são um passeio que lembram um labirinto cheio de histórias, com desbravadores que exploram um lugar pouco conhecido pelos próprios brasileiros.

As praias não são tão bonitas quanto as de Alagoas ou do Rio Grande do Norte, mas a água é de temperatura agradável e convidam para um banho de mar. A cerveja no Reviver deve ser tomada como se fosse um ritual. Deve-se apreciar a boemia do local e a história que a todo momento desfila para nossos olhos.

Fiquei encantado pela forma como o Maranhese da capital defende sua cultura. Fui para uma festa chamada de "a morte do boi". O evento marcava o fim das comemorações do período junino, que no estado tem no bumba meu boi sua maior representação. De morte a festa não lembrava nada e só acabou nos primeiros raios de sol.

Achei interessante o tal do refrigerante Jesus. Um suco de groselha que vende mais que coca cola. Confesso que não aprovei o sabor, mas os ludovicenses tem o Jesusinho como uma religião. Os maranheses também possuem a estranha mania de levar os carros para dar uma volta na areia da praia. Vi inúmeros carros ainda sem placa estacionados ao lado das barracas. Esse hábito também gera uma poluição sonora que, confesso, me deixou um pouco irritado. É muito calypso e aviões do forró pra pouco oceano.

Um comentário:

  1. Wagner,
    Eu tenho uma experiência trágica no Maranhão - um hotel com folhas caindo do teto e um mercado mais fedido do que meu nariz pode suportar. Ainda bem que você, ao contrário de mim, encontrou o melhor dessa terra.
    Bjs
    :)

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